segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Carta de um amante

Queria te ver, mas não posso, estou cego
Queria te tocar, mas não da maneira que posso
Queria te sentir, mas me disseram que estou louco
Queria esquecer tudo, mas isso é quase impossivel

Queria te achar, mas os labirintos da vida não me permitem
E a cada dia, esta agonia me consome
E a cada instante, o calor se esvai de meu corpo
Estou apodrecendo aos poucos…
Ninguém achará meu coração perdido entre tantas brumas

Mas tenho que ignorar tudo!
Calar de vez este coração amordaçado
Aforga-me no silêncio
Até que que a última gota deste mar de sufoco evapore
Até aprender a não ouvir estas súplicas
Até saber que tudo se foi
Fugaz como o vento
Em um final de tarde atormentado.

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