quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fenrir

Sou a noite fria
E o vento gelado

Sou o choro triste
do filho bastardo

Sou a melancolia que causa
dor

Sou o medo da morte
E causo temor

A menção ao meu nome é um disparate
Sou o Lobo Fenrir

O crepúsculo escarlate

Avise-os Vate
A fera chegou







nota: Essa é a minha favorita. Foi feita em homenagem ao meu cachorro da raça akita, Fenrir.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Esquecido

Sentei aqui, comecei a escrever, sobre tentar esquecer
De uma vida passada, noites enluaradas
Amores... pra que?
Por vezes tentei

A mente em vão começa a vagar
Por domínios desconhecidos, inutilmente luta
Tentando calar essa boca que na verdade nenhum som exprime
Calar estes olhos que insistem em falar demais

Preencher o vazio com esperanças inúteis
Lembranças de um tempo que não volta mais
Quero a paz dos esquecidos

Não ter mais que vagar
Em mentes que não me procuram
Vivo sozinho, sou um bardo andarilho sem canção pra entoar.

sábado, 18 de setembro de 2010

O sonhado livro dos desejos

Tenho sonhos que vagam em minha mente
E ardem no fundo do peito
Faz com que fraqueje
Impotente, pois não são só desejos efêmeros

Então fico a mercê deste ciclo interminável
Que é a vida
As vezes desejando que o que escrito fosse
Pudesse ser apagado, com o simples passar da borracha
Como estas palavras

Mas talvez assim, não teria medo do erro
Ignorasse o aprendizado que é proporcionado com ele
O aprendizado dos Tolos!

Pois muitas vezes nos fechamos e não percebemos o transcorrer
das coisas a nossa volta
Faria sentido isso?

O egoísmo, a ganância, o egocentrismo
São as provas
Terríveis provas...

Destes incontáveis sonhos que me fizeram abandonar
Quebraram minhas asas
Quantas vezes me condenaram com um olhar
Para que eu me sentisse abjeta
E fui inconveniente
E condenaram este meu despudor
Em vão...
Meus pêsames.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ódio

O que ele mais queria
Era perecer
Sumir da face terrestre, desaparecer
Porque tinha que ser assim?
Odiava-se mais que tudo
Perguntou-se "Será que TU tens algo contra mim?"

Não sabia porque sofria
O ódio tomou conta de si
Egoísta criança tornou-se então
Queria apenas trancar-se na escuridão

Demônios, levem-no então!
Seu coração dilacerado, ferido
Ardia de dor, ou seria amor?

Não, esta criatura impura não conhecia o amor
Só o ódio e a dor
Profana criatura tornou-se então

E os demônios levaram-no  para a mais profunda escuridão
Para onde ninguém o achasse
Ninguém encontrasse o segredo
Que guardava seu coração

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Despertar

Eu quero
Quero sentir fogo em minhas mãos
Quero sentir o coração batendo forte
Quero virar fera, quero ser o trovão

Quero pegar a espada, quero vencer a batalha
Quero liberdade
Quero voar
Quero uivar pra lua

Quero ver demonios noturnos ao despertar
Sou uma besta selvagem
Ninguém vai me domar

Eu quero, quero tudo
Quero sangue e carne pra me alimentar
Eu não pertenço a um lugar só, sou selva, sou céu, sou mar.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Guerreiro

E o tempo corre, corre como um lobo atrás de sua presa. E eu, só observo. As coisas parecem confusas, pois meu futuro está turvo agora. Sei que pedi algo não programado, mas assim não funciona. Por que no final está tudo programado.  Eu vesti minha armadura, mas de que adianta, uma armadura, se seu possuidor é um fraco? Não, não sou fraco, também não sou um titã, não sou nem de bronze, nem de aço. Mas se posso me chamar de "guerreiro", assim me chamarei, por que, ainda que eu ande pelo vale das sombras, sairei de lá em direção a luz, pois guerreiros de verdade enfrentam suas batalhas, por mais impossível que possa parecer vencer.  Mesmo que eu fraqueje e caia de joelhos por um momento, me levanterei e seguirei em frente. Mil inimigos irei enfrentar, diversas batalhas irei travar, irei chorar, irei sofrer, mas no fim, depois da tempestade, depois de contemplar o campo de batalha, e o último inimigo tombar, receberei minha recompensa. Pois eu, acreditei que podia vencer, e alcancei o topo do mundo.

Soneto da Melancolia

Sabes como é amar alguém
Sem ter retorno?
Dar tudo de si
Procurar em outras consolo

Em vão, pois ninguém conseguiu suprir essa dor
Dor que me mata por dentro aos poucos
Consome minhas forças, até o suicídio do meu
Coração ferido, ser inevitável

E essa angústia de amar-te
Vivo esperando
Sinto que sem te ter tudo em meu ser estará acabado

Mas deixei-te ir para que pudesse outro amar
Agora estou sozinho, e deixarei que em mim morra esse desejo de te amar
E na noite fria quando precisar de consolo(por mais que me doa) Lembrarei do teu doce olhar]

Predador de Sentimentos

Ah! A criatura inválida que rasteja
Em meus pensamentos
Imbuida em sangue e ódio

Impregnada de pensamentos imundos
E sentimentos profanos
Que dizima qualquer sentimento puro
Que possa vir a existir

Rasga, mata e estripa
Qualquer sinal desse vil
Amor que queira surgir

Aaah o amor...essa raposa
Que quando tu menos espera
Abocanhate a garganta.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Quimera

Se de fato as palavras causassem desastres
Eu teria o mundo em minhas mãos
Talvez a hipocrisia me matasse

Quantas verdades eu iria condenar?
Quantos sonhos me fizeram abandonar?
Quantos conceitos tive que mudar?
Quantas vezes condenaram-me com o olhar?
Quantas vezes vendaram-me para eu não enxegar?

Quando tentei sonhar
Alguém disse ACORDE

Arrancaram minhas asas
Assassinaram minha última quimera.

Carta de um amante

Queria te ver, mas não posso, estou cego
Queria te tocar, mas não da maneira que posso
Queria te sentir, mas me disseram que estou louco
Queria esquecer tudo, mas isso é quase impossivel

Queria te achar, mas os labirintos da vida não me permitem
E a cada dia, esta agonia me consome
E a cada instante, o calor se esvai de meu corpo
Estou apodrecendo aos poucos…
Ninguém achará meu coração perdido entre tantas brumas

Mas tenho que ignorar tudo!
Calar de vez este coração amordaçado
Aforga-me no silêncio
Até que que a última gota deste mar de sufoco evapore
Até aprender a não ouvir estas súplicas
Até saber que tudo se foi
Fugaz como o vento
Em um final de tarde atormentado.

Kaze

-Seja forte como o vento. Ele é maior arma, e a maior força que existe
-Como assim mestre?
-Se você tenta pega-lo, ele se esvai entre seus dedos, se você tenta vê-lo,
não consegue, você não sabe exatamente de onde ele vem e para onde vai. Se tenta
enfrenta-lo, ir contra ele, ele te derruba, ele move montanhas, muda o curso das águas,
apaga o fogo. É dinâmico, leve e poderoso, e constante e instável também.
É uma verdadeira fortaleza.
-Não precisa mais me dizer nada mestre, eu entendi.Serei forte como o vento.

Breve diálogo

Ela se foi, não há o que temer, não é mais preciso esconder-se por baixo dos véus.
- Não escondo-me onde ainda podem me ver.
O temor passou, o que era frio, esquentou e derreteu como vela.
- Não dissipa minhas injúrias proclamadas a ti.
O doce entrave que te persegue não enuncia mais seu pudor, seus ditames fúteis,
nenhum deles restou.
- Isso não me conforma.
O que queres então? Que o mundo ajoelhe-se aos teus pés e peça perdão?!
- Ainda não seria o bastante.
Nâo sejas tão prepotente, o homem por poderoso que seja, nem sempre tem
coração valente.
- Não é o medo da morte escarlate que persegue a mim.
O que será? O medo do que não existe putrefando dentro de ti?
- É isto que me consome.
Esta dor lancinante nunca irá passar, enquanto não seguires em frente
sem importar-se com o que virá
- Sendo assim, serei coberto pelo véu da noite negra, e não completarei minha
desforra, enquanto esse ser irreconhecível me aliciar ao fim que não desejo
encontrar.

Insuficiente

E eu que pensava que os dias se passavam lentamente
Agora vejo que a noite é curta
Vinte e quatro horas não são o suficiente
Quando se pensa em ser mais

Em alcançar mais
Quando se sonha demais…
Quando se vê que o tempo passa
E seus sonhos e planos

Ficam só na imaginação

Aaah… esperar em vão
Aquele sonho que foi para a “Terra do Nunca”
Aquele alguém que não retornará

E ficar aqui
Vendo os dias passarem
A espera de alguém que não vai chegar
A espera daquele sonho que não vai mais voltar

A queda

E se um dia alguém constestasse suas verdades
E as destruísse sem que você pudesse evitar?
O que faria? Em que se apoiaria?
Em que acreditaria?
Que base sólida como antes você ficaria?

E quando procurasse a direção
Talvez não fosse encontrar
Pois você desde de o ínicio
Não soube se auto-criticar
Então desabou
Num poço sem fundo
Ficou sem rumo

E procurou viver de satisfações ilusórias
Sem questionar
Sem ir em busca da “luz”
Tentou, não pensou
Não consegui alcançar

Viveu do que lhe disseram para acreditar
Nem sequer chegou a questionar
Mas, e quando eu cheguei a desabar?
Tu vieste me ajudar?
Quando abri os olhos
Ensinaste-me a enxergar?

Não
Hoje é diferente

Entenda
Suas verdades, já não são minhas
Sou quem sou, não sou você
Não sou tão frágil quanto você
Não adianta tentar me manipular
Eu sou o que você um dias quis ser

Quem um dia quis o poder
Quem um dia quis questionar
Mas foi fraco. Não quis enxergar

Só quis seguir com uma venda
Nos olhos, sendo guiado
Sem seguir seus próprios passos
E aquela verdade que tanto defendia
Como sua, já não era mais.
E agora, seu ‘teatrinho’ acabou
Sinto muito. Sua utopia desabou.

Nostalgia

Sabe aquele momento
Que você sente
Que quer confrontar Deus
Em meio a sua loucura
Gritar aos quatro ventos
Que quer de volta aquele momento
Que o tempo levou

Aquele desejo incontrolável
Que te consome por dentro
Te alucina cada vez que os dias se passam
E você enlouquece sabendo que não pode fazer nada
Sente que queria voltar no tempo
Congelar naquele instante

Queria gritar aos céus seus sonhos mais profundos
Perder a sanidade
E Fugir desta realidade vil

Mas tudo é mais cruel e triste do que parece
E o que te resta são as memórias
Que como um fruto de tentação
Elas te atormentam, te alegram e te entristecem

São aqueles inesquecíveis instantes
Que algumas vezes duraram alguns segundos
Lembranças perdidas em algum canto de tua mente
Que o tempo insiste em arranca-las de ti
E então, apaga-las, trazendo de volta a calmaria…

Real Liberdade

Ele estava caído
Mas só o seu corpo estava quebrado
Sua alma intacta refletia a dor de uma perda
Depois de acreditar no que não via
Preferiu fechar o livro sagrado das mentiras

Ele queria se soltar
Mas não conseguia
Estava preso a um mundo de sonhos
Uma utopia sem fim
A procura da realidade
Ele se perdeu nas escuridão…

O sol não deu testumunho
As árvores não sabiam de nada
As nuvens? Nada viram
Ninguém sabia onde ele estava

Até que ele viu um foco de luz
Abriu os braços
E no silencio de um adeus
Ele SUMIU…

Apresentações

Bom de ínicio, uma apresentação é bem vinda. Me chamo, Fernanda, sou mais conhecida pelo nome "Misao" , pronuncia "mihsaw". Colocarei algumas poesias e alguns textos que eu escrevi. É isso. Espero que apreciem.